Acampamento Marielle Vive luta pela sua permanência em Valinhos, interior de SP

O acampamento Marielle Vive do Movimento Sem Terra na cidade de Valinhos, interior de São Paulo sofreu ataque a tiros no dia 10 de abril. No dia 16, integrantes do movimento celebraram quatro anos de resistência em ato contra a violência no campo.

Testemunhas contam que um homem fez disparos de arma de fogo na entrada do local, felizmente não houve vítimas. O suspeito de ter feito o atentado estava em um carro preto com a placa coberta.

Lideranças, parlamentares, ativistas, artistas, educadores e movimentos sociais participaram de ato no dia 16 de abril que contou com apresentações culturais, oficinas e rodas de conversa.

Além de denunciar os ataques, o ato também fez parte do Abril Vermelho, mês de luta camponesa que lembra a chacina de Eldorado do Carajás no Pará, quando 21 sem terras foram mortos por policiais militares durante ato pacífico.

Criado em abril de 2018, o acampamento Marielle Vive abriga mais de 450 famílias. Ele é considerado o maior acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado de São Paulo.

Mateo Piracés-Ugarte integrante da Banda Francisco Del Hombre participou das atividades do acampamento Marielle Vive e esteve presente no local no dia em que houve os ataques. Ele destaca a importância de dar voz a denuncia de violência contra o movimento e manifesta apoio.

“É muito impactante ver a força destas trabalhadoras e trabalhadores, que mesmo diante de ataques, continuam lutando ao máximo para garantir direto à moradia, comida, segurança, escola, água para mais de 450 famílias que moram aqui”, ressalta Mateo.