Vacinação para cães e gatos está disponível durante o ano todo nos Postos Permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses
REPORTAGEM ALINE MELO O Estado de São Paulo atingiu em abril a marca de 25 anos sem casos de raiva humana de origem canina. Para garantir a continuidade deste resultado, fruto do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Raiva, os cuidados com animais domésticos não podem ser deixados de lado. Para preservar a saúde de cães e gatos, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo distribui a vacina antirrábica para que os municípios realizem a imunização de forma permanente.
A raiva é uma doença infecciosa que não tem cura e pode ser fatal. Mesmo sem registros de casos pela variante canina, o vírus continua circulando por meio de morcegos e manter cães e gatos imunizados garante também a segurança da população. A graduanda em medicina veterinária Ana Karla Ramos Monteiro explica quais são os sintomas da doença. “Em animais domésticos como cães e gatos eles vão apresentar primeiro os sintomas de alteração comportamental. Eles vão apresentar quadros de excitação, agressividade. Eles vão querer morder objetos, pessoas, outros animas eu até a si mesmo. Eles podem apresentar um quadro de medo, ansiedade. E isso vai evoluir pra umas fase que a gente chama de raiva paralítica.”
A raiva paralítica, como o próprio nome diz, vai fazer com que o animal fique paralisado e venha a óbito em até 48 horas. Ana Karla orienta que se um tutor suspeitar que o animal está com raiva, deve imediatamente isolar o seu bicho e procurar um veterinário. “Porque só o veterinário, que é um profissional capacitado, para poder diagnosticar se o animal tem ou não raiva.”
Ana Karla destaca a eficácia das vacinas disponibilizadas pelo poder público. “Desde que o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva implantou a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território brasileiro apresentou grande retorno positivo no controle da raiva.” Além da vacinação dos animais domésticos, os responsáveis pelos pets devem ficar atentos ao contato dos bichos com morcegos. O último registro de animal infectado pela variante canina da doença ocorreu em 1998 e,desde então, todos os casos humanos e de cães e gatos registrados no Estado foram causados por variantes de morcegos.
Na cidade de São Paulo, a vacinação ocorre o ano todo, nos Postos Permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses. O proprietário deve identificar, no comprovante de vacinação, o nome do animal e nº do Registro Geral Animal - RGA. Este comprovante é um documento, atestando a vacinação contra a raiva do seu animal, com validade de um ano e necessário para obtenção do RGA. Para os moradores do Jabaquara, o posto de vacinação fica Rua Genaro de Carvalho, 101, e o atendimento é realizado de segunda à sexta-feira, das 8h às 15 horas. O telefone para agendamento e informações é o 5084-5372.