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Coopermiti opera função de triagem de lixo eletrônico na Capital




Realizando um trabalho de gestão do lixo eletroeletrônico na cidade de São Paulo, a Coopermiti fica localizada no bairro da Casa Verde, zona norte da capital. Lá, a cooperativa sem fins lucrativos faz a triagem do material que recebe ou recolhe para fins de reciclagem e reutilização, podendo muitas vezes ser doado para outras instituições.


A Coopermiti é conveniada a Prefeitura de São Paulo desde 2009 e em março de 2010, começou os seus trabalhos no município. Hoje, a cooperativa opera com 32 trabalhadores cooperados que, ao coletar estes resíduos eletroeletrônicos comumente chamados de e-lixo, separam e avaliam se o material pode ser reaproveitado. Se não, o resíduo é enviado para ser descartado de forma correta.


O rejeite irregular de e-lixo é prejudicial não somente ao meio ambiente, mas às cidades também, pois, por serem materiais físicos e sólidos, muitas vezes são destinados a aterros sanitários. O diretor e secretário da Coopermiti, Alexandre Carpini Simões (45), alerta para o crescimento de aterros na capital, devido ao crescimento de descarte inadequado:

“O primeiro ponto é você desconstruir ele [o material] e poder tirar o produto reciclado e devolver pra indústria. Dessa forma, a indústria deixa de tirar material da natureza para construção de novos equipamentos.”

Alexandre Carpini fala ainda do risco de metais pesados – presentes em muitos resíduos eletroeletrônicos –, que podem ser contaminantes ao solo e aos lençóis freáticos.


EDUCAÇÃO É BASE

A cooperativa nasceu na central de triagem da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana – a AMLURB – e em 2015 se mudou para o bairro da Casa Verde, onde desde então, vem buscando maneiras de se aproximar da comunidade. Uma dessas formas foi a aproximação com empresas do entorno que acabaram descobrindo que muitos dos seus objetos inservíveis podiam ser reaproveitados.

“Às vezes você tem uma empresa por aqui, que não sabe exatamente que precisa descartar o equipamento eletroeletrônico de forma ambientalmente correta. Não sabe que tem uma legislação toda por trás disso. E a gente vem trazer conhecimento, a gente divulga, a gente busca fazer uma pesquisa de satisfação pra ver se as pessoas conhecem, tornar conhecida a cooperativa aqui e oferecer esse serviço pra quem tá aqui do lado já.” Carpini comenta.

Outra forma foi a de contratar cooperadores que morem próximo á cooperativa, facilitando o acesso ao local de trabalho e popularizando do serviço na região. Além disso, a Coopermiti também realiza ações junto a escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), para auxiliar na educação ambiental. Essas ações incluem campanhas e palestras abertos não somente as escolas, mas também ao público e podem se inscrever escolas de todo o estado e do Brasil.


Alexandre comenta que é difícil mudar a cultura, visto que muitos cresceram sem entender que algumas formas de descartar o lixo eram erradas, e deu exemplo de que hoje não se coloca mais fogo no lixo para se livrar dele. Contudo, o diretor defende que a educação é a base para começar a mudança dessa cultura:

“Quando você lida com educação nas escolas como base, é muito mais fácil. [...] Você não sabe como essa criança vai sair da escola, você não sabe qual caminho ela vai seguir, mas ela vai levar aquele conhecimento já. E ela leva o conhecimento para dentro de casa e os pais, normalmente, vão escutar os filhos e muitas vezes, eles vão conseguir mudar a cultura dentro da casa dele”, afirma Carpini.

A Coopermiti é considerada pioneira nesta ação de colaboração ambiental com a Prefeitura de São Paulo, visto que nenhuma cooperativa havia firmado parceria juntamente ao poder público para a gestão de lixo eletroeletrônico. Hoje, muitas empresas, escolas e munícipes colaboram com o trabalho da Coopermiti em tornar a cidade mais sustentável.

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