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A resistência dos teatros contribui para manter a cidade de São Paulo como polo cultural do Brasil

  • forumfdc
  • Mar 29
  • 3 min read

Updated: Apr 7

A capital paulista possui 120 teatros incluindo casas de espetáculos e inúmeros espaços alternativos

Por Romulo Bonfim


Considerada o principal polo cultural do país, a cidade de São Paulo tem o teatro, uma das mais antigas linguagens artísticas do mundo, como referência para manter a capital paulista com essa reputação. Com 120 teatros, incluindo casas de espetáculos, inúmeros espaços alternativos contribuem para o cenário teatral da cidade. Não existe um levantamento oficial da quantidade de teatros alternativos, e as companhias que decidem ou conseguem criar a sua própria sede passam a conviver com a satisfação de estrear em um local próprio e o medo de fechar as portas, devido às dificuldades financeiras que muitos grupos enfrentam. O diretor teatral, ator e fundador da Companhia do Incêndio, Marcelo Fonseca, conviveu com esse sentimento há quase 30 anos. Hoje, o grupo tem o próprio espaço, um casarão tombado de 1905, no bairro do Bexiga, região central de São Paulo. O artista comenta que manter o teatro alternativo é um grande desafio, mas cumpre a sua função social. “Se você não consegue fazer a manutenção do espaço, você vê a sede fechando aqui, a outra fechando ali, principalmente para quem depende de aluguel. Quando você cria sua sede, você chega onde o poder público não chega”, afirma Marcelo. O desafio não se restringe somente aos espaços alternativos; os grandes teatros, já consolidados no circuito cultural da cidade, precisam ficar atentos. Elaborar uma programação atrativa e de qualidade requer antecedência e olhar cuidadoso para preservar as plateias lotadas. O produtor cultural, ator e diretor teatral, Isser Korik, administra há 25 anos o primeiro teatro inaugurado em um shopping center de São Paulo. Para ele, a comunicação com o público é o fator primordial para escolher um bom espetáculo. “O desafio constante é a gente se comunicar com o público, conseguir informar quais as opções que a gente tem, uma programação de espetáculos com qualidade, com novidade de horário, e as diferentes possibilidades que surgem. Ao mesmo tempo, receber essa comunicação do público”, explica Isser.

Fomento ao teatro No início de fevereiro, a prefeitura liberou quase 319 milhões de reais para investir na cultura. Desse valor, cerca de 26 milhões foram destinados somente para a Lei de Fomento ao Teatro. Além disso, a secretaria anunciou que 70 projetos de fomento devem ser anunciados ao longo do ano, incluindo o fomento à dança, Prêmio Zé Renato de Teatro e o de radiodifusão comunitária. O diretor teatral, Marcelo Fonseca, contesta essa liberação; para ele, o valor direcionado para a linguagem teatral não é o suficiente para atender o setor devido ao crescimento de novas companhias teatrais. “Esse dinheiro todo que foi liberado parece que é muito porque juntou todos os projetos que já existem, já possuem dinheiro e lançaram tudo de uma vez, aí parece que é muito. A Lei de Fomento ao Teatro não consegue mais ser suficiente, ser razoável com a quantidade de produção da cidade de São Paulo, não é mais real. Quando tinha 30 grupos era real, agora não é mais”, afirma Fonseca. O coordenador de fomento e cidadania cultural do município, Pedro Leão, declara que o investimento na arte é uma das formas de reconhecer os fazedores de cultura da cidade. “O fomento é importante para reconhecer e valorizar as várias camadas produtivas da sociedade, além de ser uma ponte através do trabalho desses artistas, que serão fomentados e vão impactar na vida da população”, conta Pedro. Para o diretor teatral, Isser Korik, o poder público tem um retorno econômico garantido quando incentiva a cultura. “Se o governo investir cem mil reais em uma peça de teatro, tudo isso gera imposto e o dinheiro investido volta com lucro para o governo. São Paulo tem uma vocação gigantesca no país e dentro da própria cidade, com milhões de potenciais espectadores que poderiam consumir essa arte”, comenta Isser.



A Central de Notícias da Rádio Star Sul para a vida é uma iniciativa do Projeto “Futebol: paixão nacional e interação social”. Este projeto foi realizado com o apoio da 8ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora

 
 
 

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